sábado, 20 de agosto de 2011

Diferença entre "mal" e "mau"

Numa de suas provas, a FUVEST, que faz o vestibular da USP, Universidade de São Paulo, pediu aos alunos que escrevessem três frases com a palavra "mal". Mas era necessário usar os três valores gramaticais da palavra "mal".
Todo mundo se lembra imediatamente de dois desses valores. "Mal" pode ser advérbio, como ocorre na frase:

Aquele jogador joga mal

em que "mal" designa o modo como alguém joga.

"Mal" também pode ser substantivo:

Nunca pratique o mal; pratique sempre o bem.

E o terceiro valor gramatical da palavra "mal"? É o de conjunção indicativa de tempo e equivalendo a "logo que", "assim que", "imediatamente depois que":

Assim que você saiu
Logo que você saiu
Mal você saiu, ela chegou

Esse "mal" se escreve com "l" e é conjunção.
Outra dúvida em relação a essa palavrinha diz respeito a sua grafia. Isso ocorre porque também existe "mau", com "u". Para resolver essa questão, há uma dica muito útil: "mau" com "u" se opõe a "bom"; "mal" com "l" se opõe a "bem".

Fulano joga bem.
Fulano joga mal.

Fulano é bom jogador.
Fulano é mau jogador.

Caso você esqueça quem é o contrário de quem, coloque em ordem alfabética: "mal" vem antes de "mau" e "bem" vem antes de "bom". Pronto: está resolvido o assunto.

Fonte: Alô Escola

Senão/Se não

Não confunda: "Senão", juntinho, quer dizer "caso contrário". E "se não", separado, equivale a "se por acaso não". Veja: Chegue cedo, senão eu vou embora. Se não chegar cedo, eu vou embora. Percebeu a diferença?

Verbo "Ver"!

Pode parecer chato, pedante ou parecer errado dizer "quando eu vir Maria, darei o recado a ela". Mas esse é o emprego correto do verbo "ver" no futuro do subjuntivo. Se eu vir, quando eu vir. Mas quando é o verbo vir que está na jogada, a coisa muda: quando eu vier, se eu vier.

Dicas para arrasar na redação do vestibular


Já faz tempo que o segredo de escrever uma boa redação deixou de ser o fato de não errar a gramática. Na opinião de especialistas, acima de tudo, uma boa redação de vestibular - que nada mais é do que um teste para averiguar a capacidade do estudante em opinar e refletir - deve conter argumentação bem colocada e bem fundamentada.



Para se sair bem em sua "defesa", os especialistas dizem que os candidatos não devem ficar "em cima do muro" (ora a favor, ora contra o tema), tampouco comprar opiniões do senso-comum. Se o candidato não estiver certo do que está dizendo e não expuser razões para pensar daquela forma o texto fica vazio. "O texto tem que ter posicionamento, se for exclusivamente informativo não é bom. Aliás, não dá nem para começar a escrever um texto se não tiver uma opinião. Um texto sem opinião não existe", reforça o professor de redação do Cursinho Anglo, Maurício Soares Filho.



Para entender melhor por que os especialistas defendem essa idéia é fácil: imagine que as drogas acabaram de ser legalizadas pelo governo. Segundo os especialistas, se as pessoas abrem o jornal e procuram um artigo sobre a questão e encontram um texto sem nenhuma argumentação ou opinião, elas não refletirão, além de chato de ler. Para eles, aquilo que o leitor espera de um articulista é o mesmo que um examinador de vestibular espera de um futuro universitário (especialmente se for de universidade pública): opinião e reflexão.

De acordo com Soares Filho, para seu texto causar impacto, porém, a opinião deve estar muito clara. Por isso, a construção da redação deve valorizar seus argumentos. A ordem é apostar na organização da estrutura textual para não perder o fio da meada. "Organizar as informações é o segredo para fazer que a opinião apareça", complementa Soares Filho.



Treinando um texto nota 10



Se a intenção é obter destaque por meio de uma boa argumentação, o que fazer para se preparar? Ler, ler, ler e escrever, escrever e escrever. "O hábito da leitura ajuda a desenvolver a escrita. Além disso, com a prática da redação, alguns padrões de textualidade são mais facilmente assimilados do que pelo professor a falar em sala de aula", enfatiza Marisa.



Para Soares Filho, a prova de redação é 50% leitura e 50% escrita. "Uma é conseqüência da outra. O primeiro passo para ter sucesso é ler o tema com muita atenção e, em seguida, posicionar sua opinião para definir o que será defendido".



Uma boa dica é ler editoriais, crônicas, artigos e textos assinados que emitam opinião sobre o tema que é retratado. Com isso, é possível criar uma bagagem de como e em que momentos é pertinente evidenciar as opiniões pessoais.



Outra dica valiosa é procurar ser autêntico. Na hora de escrever um texto sobre a legalização das drogas ou do aborto ninguém precisa "encarnar o revolucionário" para passar em um vestibular de uma universidade famosa por sua histórica política de contestação. A autenticidade do seu pensamento deve estar refletida em seu texto, nem mais, nem menos.



"Como professor, uma de minhas preocupações é esclarecer para os meus alunos que eles não devem fingir ser uma pessoa que não são na hora de escrever, pois assim, vão ter dificuldades em sustentar os argumentos, e fica muito fácil se contradizer, o que compromete a qualidade do texto", diz Maurício.



Por fim, a prova de redação serve para avaliar a capacidade do candidato de se comunicar por escrito, de fazer reflexão e de conseguir se expressar de maneira simples e coesa. Por isso é tão importante não ser superficial e mostrar uma visão crítica sobre o tema a ser discutido.





Fonte: Universia Brasil