sábado, 14 de maio de 2011

Um Pouco da Cultura Gaúcha


O gaúcho andava a cavalo pelas florestas africanas, quando, de
repente, entra numa clareira e se depara com um enorme leão.

O cavalo do gaudério se assusta com a presença do enorme felino e
começa a refugar, até que dá uma empinada derrubando o gaúcho no chão
e em seguida foge em disparada deixando o bagual sozinho atirado.

O gaúcho começa a se levantar devagarito, e vê que o bichano vem
lentamente em sua direção. Então, antes de agir, faz uma pequena
oração:

"Deus, se o Senhor tá torcendo por mim, faça com que eu puxe agora
essa minha adaga da bota, atire-a em direção ao leão de maneira
certeira, fazendo com que atinja o meio da cabeça dele e seja mortal.
Mas se o Senhor estiver torcendo pelo leão, faça com que eu erre o
lançamento da adaga, e que o bicho dê um pulo certeiro pra cima de mim,
mordendo diretamente minha jugular, e que eu morra na hora, sem
sofrimento, nem dor.
Agora, Deus, se o senhor não tiver torcendo pra ninguém... Então, senta
ali naquela pedra e assista a uma das maiores peleias que já se sucederam por
estas bandas!!!

ESTE É O ESPÍRITO GAÚCHO !!!

domingo, 8 de maio de 2011

Dúvidas verbais


Existem muitos verbos que causam dúvidas constantes entre nós!
Aprender a conjugação correta deles é um martírio para alguns! Se fosse pelo menos um ou dois verbos...era só apelar para a decoreba e pronto!
Mas não vamos nos desgastar com esse assunto e fazer disso um sofrimento. Afinal, depois que nós entendemos fica fácil, fácil! E quando isso acontece, nós ficamos mais confiantes, pois escrevemos com maior facilidade e falamos sem nos sentir intimidados. Além disso, temos embasamento gramatical, caso sejamos questionados a respeito do uso de um determinado verbo.

Absorver e absolver

Por serem muito parecidos, esses verbos comumente causam dúvidas. Muitos quando querem o sentido de absorver dizem absolver e vice-versa, pois parecem que exprimem o mesmo significado.

Mas isso não é verdade! Basta lembrar-se de um réu ao receber um julgamento que o considerou livre de culpa: O réu foi absorvido? Só se fosse em filme de ficção científica, pois o réu é absolvido.

Independente de crença, um exemplo interessante está na figura de Jesus, podemos dizer que primeiro Ele absorveu os pecados de todos em si mesmo e depois absolveu-nos da culpa!

Este exemplo é muito bom, pois considera os dois verbos em seus verdadeiros sentidos: absorveu (consumiu) e absolveu (perdoou).

Então:

Use absolver quando quiser o significado de inocente, perdoado, desculpado.
Use absorver quando quiser o significado de consumir, esgotar, sorver.

Veja alguns exemplos:

a) Vocês absorvem todas as minhas energias crianças!
b) O júri absolveu o réu da suspeita de crime!
c) Este pano é ótimo, absorve tudo!
d) Decidimos absolver-nos do que desejamos para nós mesmos!

Curiosidade: É do verbo absorver que vem o nome “absorvente”, o protetor íntimo que a mulher usa no período menstrual.

Haja ou aja?

Haja paciência!


Ou seria:

Aja paciência!

Se você tivesse que escrever essa oração tão escutada no cotidiano, ficaria em dúvidas?

Se a resposta for sim, é completamente aceitável, já que a maioria das pessoas teria sim seus questionamentos a respeito.

Mas vejamos: É necessário que você aja rápido e decida qual usar!
Pois não quero que haja nenhum tipo de reclamação depois!

E dessa forma, percebeu a diferença?

“Aja” é a flexão do verbo “agir” conjugado na 1ª ou 3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo ou do imperativo afirmativo (aja ele). Pode ser substituída por “atuar”, “proceder”.

Veja: Aja de maneira civilizada com aquele homem. (proceda)
É bom que você aja com naturalidade. (atue, proceda)
Não quero que aja com desrespeito à autoridade. (proceda)

“Haja” é a flexão do verbo haver na 1ª e 3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo ou do imperativo afirmativo ou negativo (haja você, não haja você). Pode ser substituída por: acontecer, existir, ocorrer, ter.

Observe: Haja o que houver, estaremos juntos nessa batalha. (Ocorra, aconteça).
Queremos que haja harmonia entre nós. (exista, tenha)
“Haja luz, e houve luz”. (Tenha)

Retomando a dúvida inicial “Haja paciência” Ou “Aja paciência”, temos certo:

Haja paciência! Ou seja, Tenha paciência!

Agora, se fosse “Aja com paciência” seria dessa forma, pois significaria: “Proceda com paciência”.

Lembre-se de que “haja (hajam) vista” não varia e, portanto, permanece no feminino: Fiquemos de cabeça erguida, haja (hajam) vista tantos problemas que já superamos. Jamais escreva “haja visto”.


Falta ou faltam?

É muito comum a dúvida que surge quando o verbo é “faltar”. Não sabemos se o deixamos no singular ou no plural!

Às vezes falamos: Falta dez dias para a Copa. E às vezes dizemos: Faltam dez dias para a Copa.

Ou ainda: Falta observar dois pontos ou Faltam observar dois pontos.

Mas afinal, quando colocar no singular e quando colocar no plural?

Lembre-se do seguinte: O verbo “faltar”, como a maioria, terá um sujeito. A concordância verbal estabelece que o verbo deve concordar com o seu sujeito. E este caso NÃO é uma exceção à regra.

Portanto, sempre que ficar em dúvidas, observe quem é o sujeito da frase e a flexão do mesmo.

De acordo com a explicação e tomando como exemplos as orações especificadas acima, teremos:

a) Faltam dez dias para a Copa e
b) Falta observar dois pontos.

Você pode estar se indagando por que na segunda oração o verbo ficou no singular, já que são “dois pontos”. Mas observe o seguinte. “Falta” não se refere aos dois pontos mais sim a “observar”, ou seja, o que falta é observar e não “dois pontos”!

Veja outros exemplos:

1. Queria ir nessa semana, mas faltam alguns dias para minhas férias.
2. Depois das eleições realizadas, falta apurar somente duas urnas.
3. Nós vamos ao cinema, só falta comprar os ingressos.
4. Faltam duas horas para irmos embora.
5. Faltam dois dias para o fim de semana.

O verbo dar e as horas

Observe:

Foram embora assim que deu duas horas da tarde.

Ex: Foram embora assim que deram duas horas da tarde.

Qual das duas orações está correta?

Pode parecer estranho, mas é a segunda oração que está certa de acordo com a norma culta da língua.

Quando os verbos dar, bater, soar, restar, faltar e ser referem-se às horas devem concordar com o sujeito da frase, o qual normalmente é: hora(s), minutos(s), segundo(s), badalada(s), sino(s), relógio(s). Vejamos:

a) O relógio deu duas horas.
b) Restam cinco minutos para acabar o tempo.
c) Falta um minuto para as seis da tarde.
d) O sino bateu doze badaladas.
e) Soaram duas horas no relógio. Vamos embora! (neste caso, o verbo está concordando com o numeral duas horas = soaram)

Neste último caso, o verbo soar está concordando com o numeral que está indicando as horas, assim como o verbo ser em: São três horas da tarde. Diferentemente, se o sujeito for o que está marcando as horas, o verbo concordará com o mesmo.

Importante: Não dizemos meio-dia e meio, mas sim meio-dia e meia, pois “meia” está relacionada à hora: meia hora.

Fonte: Equipe Brasil Escola

A origem popular de certas expressões brasileiras .


Quando se trata da linguagem informal, percebemos que certas expressões já se incorporaram ao vocabulário dos falantes, parece tudo tão automático, que muitas vezes as proferimos sem ao menos entendermos o verdadeiro significado. Mas que tal sabermos a origem das mesmas, a fim de que possamos enriquecer nossos conhecimentos sobre a linguagem?

Remontando aos tempos pré-modernos, havia uma expressão muito usual entre os casais que queriam sentir-se mais à vontade sem que ninguém estivesse segurando a vela.

Pois bem, esta expressão “Segurar Vela” remonta um passado bastante histórico. Quando não existiam lâmpadas, a principal fonte de luz eram as velas.

Não era hábito incomum, na época, os trabalhadores braçais as segurarem para que seu senhor enxergasse o que estava fazendo.

Nos recintos abertos ao público à noite, como teatros, meninos acendiam e seguravam velas para iluminar o palco.

Em obscuros tempos medievais, um criado da casa tinha singular e discreta obrigação: a de segurar um candeeiro para iluminar as relações sexuais dos patrões, entretanto, o criados deveria ficar de costas para não ver os folguedos e, assim não invadir a privacidade do casal - embora pudesse escutar gemidos e grunhidos, sons da própria alcova. O grotesco procedimento caiu em desuso, obviamente, após a invenção da eletricidade.

Caso fôssemos associar esta expressão à modernidade atual, ela certamente se restringiria ao universo das gírias, como sendo aquela pessoa que não é bem aceita, que “embaça” a convivência.

Outra expressão é Vira-Lata - que retrata aquele cachorro sem pedigree, o mais baixo representante da raça canina, que vive na rua revirando lixo a procura de comida, sem ter ninguém que se interesse por ele.

Por volta da década de 40, Carlito Rocha, então presidente do Botafogo - Rio, encantou-se com um vira-lata malhado de preto e branco, as cores do alvinegro carioca.

Ele transformou Biriba no mascote do clube,e a lenda conta que o animal ajudou o time a levantar o título de 1948, com só uma derrota - para o São Cristóvão, por 4X0, logo no primeiro jogo do campeonato.

Pode ser lenda, mas tem pessoas que acreditam...

Coroa - É um termo jocoso atribuído a pessoas com mais de 40 anos. Mas a expressão vem do latim corona, círculo, roda.

Em termos físicos, é o ornamento de formato circular usado sobre a cabeça como símbolo de poder e legitimidade - até mesmo em concursos de beleza.

É a tonsura circular usada por sacerdotes na parte superior da cabeça, o círculo luminoso que se forma ao redor do Sol ou da Lua em decorrência da modificação da luz na atmosfera úmida.

A parte do dente revestida de esmalte, o arranjo floral sobre o túmulo e o ornamento que arremata o topo de um edifício, seu coroamento.

Perceberam quantas acepções? Porém, nenhuma analogia com a figura humana com mais de 40anos, não é mesmo?

Fonte: Equipe Brasil Escola

quinta-feira, 5 de maio de 2011

DIA INTERNACIONAL DA LÍNGUA PORTUGUESA - 05/05


DIA INTERNACIONAL DA LÍNGUA PORTUGUESA - 05/05

O português é a língua oficial de oito países - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste - em quatro continentes - África, América, Ásia e Europa. A língua atravessa assim um espaço descontínuo ao longo de uma área vasta do globo terrestre (7,2 por cento da terra do planeta), abrangendo realidades extremamente diversas que se reflectem na multiplicidade de falares. É também a quinta língua mais falada na internet, de acordo com a Internet World Stats, com cerca de 82,5 milhões de cibernautas.

Falecido em Junho de 2010, José Saramago - o único Nobel da Literatura lusófono - dizia que “não há uma língua portuguesa, há línguas em português“.

O escritor Agualusa, numa entrevista ao blog Porta-Livros, refere:
''O português é uma construção conjunta de toda a gente que fala português e isso é que faz dele uma língua tão interessante, com tanta elegância, elasticidade e plasticidade.''


Fonte: http://pt.globalvoicesonline.org/2011/02/21/declaracao-de-amor-a-lingua-portuguesa-na-sua-multiplicidade-de-falares/

terça-feira, 3 de maio de 2011

Expressões Gaúchas


Dentre as tradições do Gaúcho, assim como o chimarrão, há muitos que usam no seu dia-a-dia algumas expressões e ditados gaudérios, que identificam desde logo a origem da pessoa que está falando. A seguir algumas delas:

  • Mais velho que andar de pé.
  • Mais vivo que cavalo de contrabandista.
  • Mais sujo que pau de galinheiro.
  • Mais nervoso que gato em dia de faxina.
  • Mais magro que guri com solitária.
  • Mais grudado que bosta em tamanco de leiteiro.
  • Mais gostoso que beijo de prima.
  • Mais apertado que bombacha de fresco.
  • Mais sério que defunto.
  • Mais metido que dedo em nariz de piá.
  • Mais forte que peido de burro atolado.
  • Mais folgado que cama de viúva.
  • Mais apressado que cavalo de carteiro.
  • Mais baixo que barriga de cobra.
  • Mais cumprida que esperança de pobre.
  • Mais virado que bolacha em boca de velha.
  • Mais quente que frigideira sem cabo.
  • Mais assanhada que china solteira em festa de casamento.
  • Mais bom que começo de namoro.
  • Mais engraxado que telefone de açogueiro.
  • Mais tradicional que fórmula de Minâncora.
  • Mais perfumado que mão de barbeiro.
  • Mais medroso que velha em canoa.
  • Mais liso que sovaco de santo.
  • Mais judiado que filhote da passarinho em mão de piá.
  • Mais firme que beliscão de ganso.
  • Mais atoa que guri no mato.
  • Mais conhecida que parteira na campanha.
  • Mais encolhido que tripa grossa na brasa.
  • Mais enfeitado que penteadeira de china.
  • Mais tranqüilo que água de poço.
  • Mais perdido que cusco em procissão.
  • Mais maldoso que rato de igreja.
  • Mais informado que dono de funerária.
  • Mais feia que mulher de cego.
  • Mais atrapalhado que cego em tiroteio.
  • Mais chato que chinelo de gordo.
  • Mais constrangido que padre em puteiro.
  • Mais grosso que mandioca de dois anos.
  • Mais afiada que navalha de barbeiro caprichoso.
  • Mais atrasado que risada de surdo.
  • Mais cheio que penico de dia de baile.
  • Mais faceiro que mosca em tampa de xarope.

Então, a hora que ouvir alguém falar alguma dessas expressões, lembre-se, o índio é Gaúcho!

domingo, 1 de maio de 2011

É proibido entrada (Curiosidades)


É proibida entrada

Com certeza, você já deparou frases desse tipo, nos mais variados lugares: no comércio, em escritórios e até em escolas. O problema da frase é o seguinte: sempre que utilizar verbo de ligação (ser, estar, parecer, ficar, permanecer, continuar), principalmente o verbo ser, e não houver elemento modificador do sujeito (artigo, adjetivo, numeral), tanto o verbo quanto o predicativo do sujeito devem permanecer na forma masculina, singular. Caso contrário, ou seja, se houver o elemento modificador, ambos - o verbo e o predicativo - concordam com o modificador.

Portanto a frase apresentada está errada.

Corrigindo-a, teremos:

É proibido entrada ou É proibida a entrada.

Outros exemplos:

Pimenta é bom. / Esta pimenta está boa.
É necessário dedicação. / A dedicação é necessária.
Está proibido brincadeiras. / Estão proibidas as brincadeiras.

Ela anda meio nervosa? (Curiosidades)


"Ela anda meia nervosa?"

Não!!! pois a palavra meio, quando intensificar adjetivo (no caso, a palavra "nervosa"), será advérbio, sendo, consequentemente, invariável.

A maneira mais fácil de se observar se meio é advérbio é substituí-lo por outro advérbio de intensidade qualquer. Por exemplo, coloque a palavra bem no lugar de meio. Se a frase continuar tendo nexo, este será invariável. Façamos isso no exemplo apresentado, ou seja, substituamos meio por bem: Ela anda bem nervosa.

A frase está perfeita, portanto deveremos corrigir a primeira, deixando-a assim:
"Ela anda meio nervosa?"

Se não for possível substituir meio por bem, então meio pertencerá a outra classe gramatical, que veremos agora:

Quando meio modificar substantivo, será adjetivo (com o significado de metade de um todo; médio, intermediário), por isso concordará com o substantivo. Por exemplo:
  • Ele bebeu meia garrafa de café = Ele bebeu metade da garrafa.

    Meio ainda pode ser substantivo, significando ponto médio; centro; o que dá passagem ou serventia; condição, circunstância; via por onde se chega a um fim, bens de fortuna (neste último caso, só se usa no plural)...

    Outros exemplos:
  • A situação está meio complicada =A situação está bem complicada.
  • Basta-me meia xícara = Basta-me metade da xícara.
  • Esse é meu meio de vida. = condição.

Piadinha



Diferenças da linguagem "tu" e "você" (Curiosidades)

Você sabe a diferença entre tu e você?
Você pensa que sabe!
Vejam abaixo. Segue um pequeno exemplo que ilustra muito bem
essa diferença.
O Diretor Geral de um Banco estava preocupado com um jovem e brilhante
Diretor que, depois de ter trabalhado durante algum tempo com ele, sem parar nem para almoçar, começou a ausentar-se ao meio-dia. Então o Diretor Geral do Banco chamou um detetive e disse-lhe:
- Siga o Diretor Lopes durante uma semana, durante o horário de almoço.
O detetive, após cumprir o que lhe havia sido pedido, voltou e informou:
- O Diretor Lopes sai normalmente ao meio-dia, pega o seu carro, vai para
sua casa almoçar, faz amor com a sua mulher, fuma um dos seus excelentes charutos cubanos e regressa ao trabalho.
Responde o Diretor Geral:
- Ah, bom, antes assim. Não há nada de mal nisso.
Logo em seguida, o detetive pergunta:
- Desculpe. Perdoe a intimidade, mas posso tratá-lo por 'tu'?
- Sim, claro, respondeu o Diretor surpreendido!
- Bom, então vou repetir:
- O Diretor Lopes sai normalmente ao meio-dia, pega o teu carro, vai para
tua casa almoçar, faz amor com a tua mulher, fuma um dos teus excelentes charutos cubanos e regressa ao trabalho.
A língua portuguesa é mesmo fascinante, não é ?